O que o rebranding da SOU SEGURA tem a nos ensinar sobre branding corporativo
Por Izabel Barbosa
O que mais escuto no meu dia-a-dia são dúvidas relacionadas a branding. Na realidade, ainda são poucos aqueles que entendem o poder de uma boa estratégia de construção de marca. Mesmo profissionais de marketing costumam misturar as estações: muitos confundem identidade visual com branding, plano de comunicação com branding e até mesmo estratégias de venda com branding. E quantas oportunidades o mercado não perde justamente pela falta de uma estratégia assertiva de marca.
E branding é muito mais do que desenvolver um logotipo para a sua empresa ou instituição. É uma oportunidade única de mergulhar nos seus princípios fundamentais e estabelecer as diretrizes para o futuro. Imagine o quanto teríamos perdido se não tivéssemos feito um mergulho profundo no DNA da AMMS – Associação Mulheres do Mercado de Seguros e apenas tivéssemos desenvolvido um novo símbolo raso para a Associação.
Quem pôde acompanhar o evento de lançamento da SOU SEGURA não imaginava a profundidade da jornada que tivemos que trilhar para chegar a este resultado que, antes mesmo de seu lançamento oficial, já era um sucesso. Este case da SOU SEGURA reitera o que sempre digo: branding vai muito além da sua linguagem visual, do seu logotipo.
Eu aproveitei as reflexões do pós-lançamento para elencar 3 ensinamentos que podemos extrair da SOU SEGURA para o rebranding corporativo:
1. Toda marca precisa ter um propósito.
Na nova dinâmica da comunicação, todas as empresas e instituições, independentemente do porte, precisam ter o olhar que as causas têm de entender a sua contribuição para um mundo melhor, o que hoje é conhecido como propósito. Não existe mais espaço para marcas sem propósito. Se o propósito não está na ponta da língua dos gestores e de todos os colaboradores, é fundamental revisitar a estratégia.
Qual bandeira você quer erguer e representar? Se você não tem clareza da bandeira da sua marca, volte duas casas.
2. Cultive uma comunidade ao redor da sua marca.
A sua marca deve ser a voz mais alta dentro de um grupo de pessoas que partilham as mesmas crenças e valores; que sentem as mesmas dores; que levantam as mesmas bandeiras. E isso pode fazer toda diferença na sua estratégia de marca. Imagine o que seria hoje da Dove se ela fosse apenas uma marca de sabonete ao invés de se engajar pela causa da real beleza.
O senso de comunidade é fundamental para que você agregue valor à sua marca.
E no digital, comunidades são ferramentas poderosíssimas, já que a internet é o melhor lugar para amplificar, escalar e atingir pessoas. Nas redes, todos buscam pertencer a comunidades, um grupo para compartilhar suas ideias, se inspirar e ter a certeza de que ali é o seu lugar.
3. Ajude as pessoas a se engajarem com a sua marca.
Para que as pessoas se engajem, é preciso que você contemple no seu plano de comunicação ferramentas que facilitem a reprodução da sua mensagem. No caso da SOU SEGURA, por exemplo, a estratégia contou com um evento de pré-lançamento para stakeholders estratégicos, além de kits com instruções e peças para os nossos principais grupos polinizadores.
Izabel Barbosa é diretora executiva da Bethe B.
Fonte: Be on Press
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