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CAIXA Seguros quer 13% dos clientes do banco

Atualmente, 6% dos clientes da CAIXA, o terceiro maior banco do país, têm alguma apólice da CAIXA Seguros.

A seguradora da Caixa quer ser mais parecida com a sua "prima" mais conhecida, a BB Seguridade, e explorar melhor a base de clientes de seu banco acionista. Hoje, apenas 6% dos clientes da Caixa, o terceiro maior banco do país, têm alguma apólice da Caixa Seguros. O plano é que esse percentual suba para 13% em cinco anos, diz o francês Thierry Claudon, presidente da Caixa Seguros.

"A cada um ponto percentual a mais estamos falando de 3 milhões de novos clientes", pondera Claudon para quantificar o tamanho do desafio. "É um lindo número chegar aos 13%, mas representa um desafio maior do que em qualquer outro banco", avalia. A Caixa Seguros é uma joint venture da Caixa (49%) com a companhia francesa especializada em seguro de vida CNP (51%).

O alcance da venda de seguros entre clientes de bancos no Brasil é baixa e, por isso, há bastante espaço para crescer. Nos últimos anos, os bancos de varejo têm procurado aumentar a oferta de apólices dentro da estratégia de aumentar as receitas de serviços. A seguradora de banco que tem o maior alcance dentro clientela da instituição é a Bradesco Seguros, com 25% dos clientes. A Itaú Seguros tem cerca de 20% e a BB Seguridade, 14%. Apesar do ainda grande espaço para crescimento, o balcão do banco já é hoje o principal canal de comercialização de apólices no país.

O executivo diz que a seguradora da Caixa trabalha forte na retenção e na renovação das apólices de quem já é cliente. Para conquistar novos, aposta em produtos complementares à oferta bancária, caso do seguro prestamista. Essa apólice garante a quitação de empréstimo no caso da morte ou invalidez do devedor, ou até mesmo desemprego, dependendo da cobertura. Para os bancos é um produto interessante para ajudar a controlar a inadimplência da carteira de crédito. Segundo Claudon, a oferta é feita tanto para novos financiamentos quanto para operações já contratadas.

A Caixa Seguros apresentou um recuo de 5% do faturamento no primeiro semestre na comparação com igual período do ano passado, para R$ 4,5 bilhões. Segundo Claudon, isso foi resultado da fraca arrecadação dos planos de previdência no período, o que também aconteceu em outros bancos, segundo ele. O faturamento mais fraco, porém, não afetou o resultado e a companhia entregou um lucro líquido de R$ 810 milhões, com um avanço de 24% em 12 meses. Os números são de balanço gerencial da companhia, que publica apenas balanços anuais.

Após o sucesso da abertura de capital da holding de seguros do Banco do Brasil, surgiram especulações de que a Caixa poderia seguir o mesmo caminho. Claudon conta que depois do IPO da BB Seguridade a companhia tem sido abordada por agentes do mercado de capitais querendo saber se os acionistas têm interesse em fazer o mesmo. "Não existe nenhum plano nesse sentido, nem da diretoria nem dos acionistas."

O potencial de crescimento da seguradora no balcão do banco despertou o interesse do BTG Pactual pela participação da francesa CNP Assurances na Caixa Seguros. A notícia foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e o Valor apurou que, de fato, executivos da seguradora do BTG Pactual tentaram negociar com a CNP. Procurado, o BTG não quis comentar o assunto.

Questionado sobre o assunto, Claudon diz que os acionistas não têm interesse de vender o negócio, que "já vale muito dinheiro, mas que no futuro vai valer muito mais". Segundo o executivo, tanto a sociedade quanto o acordo de distribuição - exclusividade na venda de produtos nas agências da Caixa até 2021 - não serão modificados. "Não tem fato novo."

Fonte: Valor Econômico

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