top of page

Gestão de Westenberger na Susep prioriza seguro de pessoas

Em almoço do CVG-SP, no dia 26 de agosto, o titular da Susep, Roberto Westenberger, garantiu que depois de colocar no mercado o VGBL Saúde, será a vez do Universal Life e do seguro longevidade para os fundos de pensão.



A presença do superintendente da Susep Roberto Westenberger em almoço do CVG-SP, realizado na última terça-feira, 26 de agosto, no Terraço Itália, atraiu público recorde ao evento e a participação de diversas autoridades do setor. Westenberger compareceu ao almoço especialmente para receber o título de sócio honorário do CVG-SP, honraria prevista no estatuto na entidade para ser concedida ao titular da autarquia.



Dilmo B. Moreira, explicou o objetivo de congraçamento do almoço e de cumprimento do estatuto. “Como atuário, diria que a Susep nunca esteve em tão boas mãos”, afirmou Dilmo B. Moreira. Westenberger comentou sobre as iniciativas de sua gestão, admitindo que assumir o posto de superintendente da Susep não estava em seus planos. Revelou que se prepara para uma curta gestão, preocupando-se mais em adiantar o trabalho para o seu sucessor.



Laboratório de produtos


Dentre os itens que compõem o projeto de modernização da Susep, ele destacou o Laboratório de Produtos, cujo objetivo não é o de criar produtos. “O papel da Susep não é este, mas sim induzir à criação de produtos, onde entenda que haja demanda ou necessidade de preenchimento de espaço”, esclareceu.



Já em funcionamento, o laboratório será responsável por colocar no mercado o VGBL Saúde, atualmente em consulta pública na Susep. Antigo pleito do mercado, o produto ainda não conta com os incentivos fiscais do governo, condição que sempre emperrou a sua aprovação na Receita Federal. Mas, Westenberger está otimista. “O apoio do Ministério da Fazenda à Susep é total, o que me faz acreditar que teremos o incentivo fiscal”, disse.



Depois do VGBL Saúde, ele garantiu que será a vez do Universal Life, “com todas as coberturas que o produto possui”, frisou, e do seguro de longevidade para fundos de pensão, no qual acredita que a demanda será grande. “Estes são três exemplos que demonstram a importância do seguro de pessoas na administração da Susep”, disse.



O presidente do CVG-SP elogiou a iniciativa da Susep de atuar na concepção de produtos, especialmente do ramo de pessoas. “São trabalhos de referência, que dão um Norte às seguradoras, incentivando a cultura do seguro e disseminando a ideia de que o produto seguro faz toda a diferença para o progresso da nação”, disse. O presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, aproveitou a ocasião para reconhecer a importância da atuação prioritária da Susep no ramo de pessoas. “Estamos satisfeitos. A Susep entende as necessidades do mercado e o corretor, como grande canal, está apto a conduzir tudo isso perante o consumidor”, disse.



Participando da mesa diretora, a presidente da Associação Internacional de Direito de Seguro (AIDA), Angélica Carlini, apelou ao superintendente para que desse especial atenção à redação dos normativos. “Ficamos indignados quando não temos a compreensão daquilo que o nosso regulador quis dizer”, declarou.



O presidente da FenSeg, Paulo Marraccini, manifestou sua preocupação com o aumento dos acidentes de trânsito. De acordo com a Seguradora Líder, no primeiro semestre do ano o seguro DPVAT indenizou quase 260 mil casos de invalidez permanente, principalmente por acidentes de trânsito com motocicletas e a maior parte no Nordeste. “Gostaria de colocar a FenSeg para trabalhar junto com o mercado nesse tema, que é, talvez, o mais grave que temos depois da criminalidade”, disse.



Tendências


Da plateia, o economista da Rating de Seguros, Francisco Galiza, questionou Westenberger sobre a sua visão de mercado no futuro, caso se confirme o impacto das tendências tecnológicas. “Tecnologia é tudo na vida. Mas se pudesse escolher uma como tendência, seria o Big Data, que serviria para aproveitar o oceano de informações que temos em prol do underwriting e da regulação bem feitos”, afirmou Westenberger.



O VBGL Saúde é resultado do trabalho da FenaPrevi, segundo o seu presidente Osvaldo Nascimento, em conjunto com a Susep, ANS e órgãos ligados ao Ministério da Fazenda, como a Receita Federal. Ele informou eu a FenaPrevi está ampliando o seu foco com novos produtos, como os annuities, para as pessoas que pretendem acumular recursos por meio de fundos de pensão, e o suitability, que leva em conta a situação financeira do cliente.



O diretor da Escola Nacional de Seguros, Renato Campos, reconheceu a importância do encontro promovido pelo CVG-SP. “Hoje, dos 12 mil alunos da Escola, cerca de 8 mil são de São Paulo”, disse. Também no programa de mestrado em Londres patrocinado pela Funenseg, a maioria dos alunos é paulista, segundo ele. “Aliás, sobre o programa de mestrado, que é de ponta, devemos agradecer ao Westenberger, que o idealizou”, disse.



Assim como a FenaPrevi, a Susep, segundo Westenberger, também tem empreendido esforços para se aproximar de outros órgãos, como a Abrapp, entidade dos fundos de pensão, e a Previc, autarquia de previdência social. “Susep e Previc, pela primeira vez, vão anunciar uma resolução conjunta, iniciando um grande processo de colaboração”, adiantou.



Ele comentou que em relação à visão de longo prazo o foco da Susep é a educação financeira. Tanto que a autarquia, que integra o Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), presidirá no ano que vem a Semana de Educação Financeira. “Se quisermos pensar em mercado de seguros sustentável em longo prazo, temos de pensar em educação financeira já. É por meio dela que o futuro consumidor será lapidado, com entendimento perfeito do seguro”, concluiu.

Fonte: CVG-SP

Texto: Márcia Alves / Foto: Antranik Photos

bottom of page