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Sua marca pessoal na web pode gerar negócios


Com estratégia e bom conteúdo, segundo Guilherme Contrucci, é possível construir uma marca pessoal, conquistar relacionamentos e negócios.


Pessoas, comunidades e organizações expressam sua individualidade por meio de uma identidade própria, ou uma marca. Guilherme Armando Contrucci, apresentador do programa Webseguros TV, define a marca como um bem intangível, mas de muito valor. Entretanto, a marca não nasce; ela é construída. “Muitos enganos são cometidos na comunicação de posicionamento de marca na web, ocasionando insucesso e depreciação de negócios”, disse. Dia 8 de abril, ele participou do ciclo de Palestras do Meio-Dia da APTS, apresentando o tema “Corretores e Securitários: Como construir sua Marca Pessoal e sua Marca Empresarial na Web e alcançar a excelência nos relacionamentos e negócios”.


Conceito de marca

Considerando a subjetividade do conceito de marca, Contrucci recorreu à definição de alguns autores. Ele citou uma das figuras mais brilhantes da publicidade, David Ogilvy, que, em 1955, disse: “A imagem de uma marca é o retrato ou imagem de uma marca que as pessoas carregam em suas mentes. É a soma intangível dos atributos de um produto, seu nome, sua embalagem e seu preço, sua história e reputação e o modo como ela é apresentada ao público”.

Mas a marca não é eterna. Um dos conceitos de marketing define que o ciclo de vida útil de um produto é composto por cinco fases: desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio. Contrucci citou marcas famosas que declinaram, como Kolynos, Mappin, Mesbla, Cica e outras, mas que permanecem em nossas memórias. Ele citou, ainda, Christopher Kenton, que conceituou marca como “uma ideia na mente dos consumidores, formada pelo que se diz e se faz”.


Marca x Produto

Embora a marca seja intangível, às vezes, pode ser mais valiosa que o próprio produto. “Serviços são oferecidos e marcas são vendidas”, disse, acrescentando que este conceito se encaixa na atividade seguradora. “Se o corretor de seguros oferecer ao consumidor um seguro de vida da seguradora XPTO, ele comprará?”. Em sua opinião, “não”, porque “a marca deve gerar confiança”.

Não por acaso, algumas marcas investem na emoção do cliente para conquistar sua preferência. Para exemplificar, Contrucci pediu à plateia que completasse algumas frases, que já foram ditas por gestores de grandes marcas. “Não venda o bife, venda ....... dele na chapa”. A resposta é: “o chiado”. Outra frase, a do fundador da Revlon, Charles Revlon: “Na fábrica fazemos cosméticos, nas lojas vendemos .....”. A resposta é: “esperança”.

Trazendo o conceito para o mercado de seguros, ele questionou: “O que o cliente compra? Como o produto seguro é intangível, surge a questão fundamental, segundo Contrucci, da necessidade ou não de presença física. Então, propôs a discussão sobre a viabilidade da presença virtual para o produto seguro. “A confiança também pode ser transmitida à distância?”, questionou. A resposta é importante, a seu ver, porque a internet atinge todas as gerações.

Na avaliação do palestrante, a marca é o principal bem durável. Ele a definiu como o nome, termo ou sinal, cujo “nome” é a parte que pode ser pronunciada e o seu “símbolo” a parte que pode ser reconhecida. Em seguida, lembrou que as marcas são registradas e possuem direitos autorais. De acordo com Contrucci, a marca é vendida por seus atributos. Entre os principais, elencou a ética e valores, o trabalho em equipe, a responsabilidade social, a adaptabilidade e o empreendedorismo.


Marca virtual

“Hoje, nossa vida é presencial e virtual”, disse. Atualmente, mais de 2,5 bilhões de pessoas usam a web, a qual já comporta mais de 1 bilhão de websites. A rede mundial de computadores, por sua vez, também evoluiu, passando da fase de implantação (web 1.0) para a dos mecanismos de buscas (web 2.0). No momento, segundo o palestrante, já vivemos na era da web semântica (web 3.0), conceito de internet inteligente, que integra os motores de buscas e as redes sociais para necessidades específicas de informação e comércio eletrônico. “Se você pesquisar roteiros de viagem e começar a receber e-mails de pacotes de viagem, isto é a web 3.0”, disse.

As redes sociais, como Facebook, Linkedin e Twitter, promovem encontros virtuais entre pessoas e estão inseridas nas mídias sociais. Contrucci fez questão de distinguir ambas para orientar sobre a melhor forma de construir a marca pessoal virtual (MPV). “Se você não tem uma estratégia na internet, está invisível”, disse. Segundo ele, por meio de blog ou perfil na rede social, a MPV pode construir uma rede virtual de relacionamentos e, como consequência, gerar negócios.

Mas, para criar audiência na internet, a MPV deve apresentar conteúdo. “São os tipos de mensagens, a maneira como se comunica e a periodicidade”, explicou. De acordo com Contrucci, quanto melhor o conteúdo, maior será a audiência. Ele mostrou exemplos de sites e blogs de corretoras que pretendem conquistar consumidores com a oferta de seguros mais baratos. “Melhor seria publicar matéria ou entrevista sobre aumento do roubo de carros, por exemplo, para conscientizar o consumidor sobre a necessidade de proteger seu patrimônio”, ensinou.

“Sua MPV faz com que seus amigos prefiram ler suas postagens e acreditem em você, mais do que em anúncios”, disse. “Guardem isso: no mundo virtual, conteúdo traz relacionamentos”, enfatizou. Outro erro é colocar a foto de time ou de um objeto como avatar (imagem representativa do internauta). “O avatar tem de inspirar confiabilidade e credibilidade para gerar negócios”, disse.

Contrucci ensinou, ainda, que é necessário separar o perfil pessoal do empresarial na web. “Pessoas têm perfis nas redes sociais, empresas têm fanpages”, disse, acrescentando que a primeira recebe mensagens e a segunda curtidas. “Quanto mais curtidas, maior será o valor comercial da fanpage e maior a chance de aparecer entre os primeiros resultados no Google”, disse.

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