Conjuntura CNseg relaciona recuperação da economia a desempenho do setor de seguros
Reação setorial pós-pandemia foi mais firme nos últimos dois meses do segundo semestre
Rio de Janeiro, 23 de setembro - Uma avaliação mais positiva da economia brasileira, acompanhada dos seus reflexos no mercado de seguros até julho, ao lado da série estatística da arrecadação, compõem a nova edição da Conjuntura CNseg, a nº 29, disponível no portal da CNseg aos leitores. No plano econômico, é lembrado que os países apresentam reação mais firme apenas no último mês do segundo trimestre do ano – o mês de junho –e em julho último, o que também tem relação direta com a contração forte ocorrida nos meses que imediatamente se seguiram à decretação da emergência epidemiológica.
A retomada, contudo, ainda não é consistente, principalmente no Brasil, porque os riscos de mais uma onda da pandemia não podem ser afastados, o que imporia medidas de distanciamento social mais restritivos em determinadas regiões. Continuando a afetar o setor de serviços, de alto peso relativo no PIB brasileiro. País da América do Sul com maiores gastos no combate à Covid, cerca de 9% do PIB, o Brasil depende de uma retomada consistente da economia para superar suas fragilidades fiscais, ampliadas após a decisão de elevar os gastos públicos para combater a pandemia e, ao mesmo tempo, responsáveis pela retração menor de seu PIB no segundo trimestre comparando às economias globais (9,7% contra dois dígitos na maioria das grandes economias).
No caso dos seguros, em julho de 2020 o setor arrecadou R$ 26,6 bilhões em prêmios, contribuições de previdência e faturamento de capitalização, alta de 4,4% sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, a receita soma R$ 147,7 bilhões, ainda um decréscimo de 2,1% sobre os sete primeiros meses de 2019. O setor segurador, assim como ocorre na economia, exibe um desempenho desigual entre suas modalidades e ramos de seguros, seguindo peculiaridades das distintas atividades às quais se destinam as coberturas.
O segmento de Danos e Responsabilidades, por exemplo, viu sua receita desacelerar na virada de junho (crescimento de 18,6% sobre o mesmo mês de 2019) para julho (2,4% sobre o mesmo mês do ano passado).
Os leitores podem conferir mais detalhes do comportamento do setor na seção “Resumo Estatístico” da publicação, com uma variedade de dados consolidados do Brasil e por estados, e enriquecer seu conhecimento específico de seguros e de economia, a partir do novo glossário disponível na sua nova edição.
Fonte: CNseg