Rio de Janeiro, 2 de setembro de 2020 - “O seguro tem uma missão civilizatória muito importante, que é a da mobilização da sociedade em prol da proteção e segurança de todos”, afirmou o Presidente da CNseg, Marcio Coriolano, durante sua participação no primeiro dia do Connection 2020, evento online organizado pelo Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCSRJ), em 1º e 2 de setembro.
Segundo Coriolano, o “susto” gerado pela pandemia do novo coronavírus e a consequente crise epidemiológica tiveram como um dos principais efeitos o fortalecimento do sentimento de finitude das pessoas, “fazendo crescer a demanda da sociedade por proteção e aumentando a necessidade do setor de oferecer produtos cada vez mais acessíveis a todos os públicos, de todas as regiões desse Brasil imenso”.
Com nível de solvência reconhecido internacionalmente, que “permitiu ao setor atravessar quase incólume a grande recessão ocorrida entre 2015 e 2017”, com reservas de capital na ordem de R$1,2 trilhão e preparo tecnológico, que “possibilitou a colocação da esmagadora maioria de seus profissionais em regime de home office, praticamente da noite para o dia, sem comprometimento da produtividade”, o segmento de seguros brasileiro mostrou-se à altura de sua missão. E, aproveitando a oportunidade, declarou: “Quero homenagear todos os colegas da CNseg, que não pararam de levar adiante a missão da Confederação, mesmo após seis meses de distanciamento social”.
Para o Presidente da CNseg, “a inovação é construída a cada dia”, ressaltando a importância dos processos que já vinham sendo implementados pelas seguradoras antes da pandemia. “A atual crise sanitária criou mais aversão aos riscos da natureza e mostrou a necessidade de se acelerar o passo para deixar a tecnologia à disposição de todos, especialmente daqueles que mais precisam, que são os de menor renda”.
Ainda respondendo às questões que lhe foram endereçadas, o executivo disse que a ampliação da proteção securitária da sociedade também depende de outros fatores, como as reformas estruturais, principalmente a administrativa e a tributária. Na análise do Presidente da CNseg, “a atual administração da Susep, depois de algumas mensagens de difícil entendimento, vem avançando positivamente em desregulamentações que podem vir a reduzir custos e aumentar eficiência.”. Destacou a necessidade de enxugamento dos custos regulatórios e da ampliação do conhecimento dos fundamentos do seguro por parte dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. E fez questão de afirmar: “O posicionamento da CNseg é de confiança no Brasil”.
Outra análise comentada foi que, em decorrência da pandemia, o volume de prêmios do primeiro semestre de 2020 retornou ao nível de 2013, interrompendo a forte taxa de crescimento de 2019. “No primeiro trimestre de 2020 ainda houve crescimento, mas, em abril, a queda foi sentida com mais força, chegando a 22%, seguida de um mês de maio menos agravado. Entretanto, apontou boas perspectivas no segundo semestre em alguns segmentos, que já voltaram a crescer em junho.
Sobre os corretores, Marcio Coriolano ressaltou a importância do papel que desempenham, principalmente na “identificação dos desejos e necessidades de proteção da população”. Para tanto, destacou a necessidade de uma boa formação técnica, que, segundo ele, “fará toda a diferença na hora de entender o que passa na cabeça do consumidor, cuja diversidade de comportamentos se ampliou ainda mais com a pandemia”.
Incentivado a falar sobre as oportunidades para o setor segurador, disse que os seguros de vida/risco terão cada vez mais importância para as pessoas, assim como o seguro saúde. Outro bom exemplo, segundo ele, é o seguro auto. “No final de 2019, muita gente dizia que o seguro de automóvel iria desaparecer. Hoje, tornou-se uma verdadeira ‘cápsula de proteção móvel’, ganhando uma importância renovada”, destacou.
O Presidente da CNseg encerrou a entrevista reafirmando sua paixão pelo setor segurador, que, como nenhum outro, é caracterizado pelo sentimento de solidariedade, o que permite juntar pessoas e famílias para dividir riscos.
Fonte: Cnseg