ICSS: confiança do mercado aumenta pelo terceiro mês seguido
O mercado de seguros está mais otimista. É o que indica o Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS), pesquisa mensal realizada pela FENACOR, com base em questionários respondidos por corretores de seguros, seguradores e resseguradores.
Em agosto, o ICSS ficou em 102,2 primeira marca positiva desde o início da pandemia do coronavírus, que abalou o mercado, como todos os demais segmentos da economia.
CORRETORES. A exemplo do que foi registrado em julho, a pesquisa referente a agosto mostra que os mais otimistas são os corretores de seguros. Dos profissionais entrevistados, 88% acreditam que, nos próximos seis meses, o faturamento do setor ficará “melhor” (20%) ou, ao menos, estável (68%). Apenas 12% ainda temem queda da receita do setor.
Quanto à rentabilidade do mercado, aumentou de 40% para 68% o percentual de corretores que projetam a estabilidade nos próximos meses, enquanto 24% acreditam que o cenário ficará “melhor” e 8% enxergam ainda o risco de redução.
SEGURADORES. Já os seguradores estão mais pessimistas, sendo que 25% dos executivos ouvidos estimam que haverá queda do faturamento e 43% preveem redução da rentabilidade.
Ainda assim, 28% dos seguradores acreditam em um crescimento da receita no próximo semestre e 13% ainda apostam em uma rentabilidade maior.
RESSEGURADORES. Os resseguradores têm uma visão bem próxima dos corretores de seguros. Para 86% dos entrevistados, o faturamento será “melhor” (43%) ou estável (43%). Somente 14% temem queda da receita.
Com relação à rentabilidade, 43% enxergam boas razões para se ter um cenário “muito melhor” (14%) ou “melhor” (29%) nos próximos meses, enquanto 43% projetam estabilidade e 14%, um quadro menos rentável.
ECONOMIA. A pesquisa também consultou corretores de seguros, seguradores e resseguradores sobre suas expectativas com relação ao comportamento da economia nos próximos meses.
Entre os corretores de seguros entrevistados, 60% responderam que aguardam um cenário estável, 24% um quadro “melhor” e 4%, “muito melhor”. Apenas 12% temem um agravamento da situação atual na economia.
Os seguradores são mais pessimistas: 34% aguardam um cenário “pior” (21%) ou “muito pior” (13%), enquanto para 66% dos seguradores haverá um cenário “melhor” (38%), “muito melhor” (3%) ou estável (25%).
Já entre os resseguradores, 42% enxergam razões para temer um quadro “pior” (29%) ou “muito pior” (13%), 29% ainda veem um cenário de estabilidade e outros 29% apostam em melhorias na economia.
Fonte: Jorge Clapp