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Debate da APTS com a Swiss Re expõe alternativas para conquistar mercado gigantesco de seguro de vid

Por que o Brasil, entre seis países da América Latina, é o que detém o menor volume de seguros de vida e saúde? Os brasileiros não se sentem vulneráveis aos riscos de morte, doença e acidentes? As respostas para estas e outras perguntas foram o ponto de partida para o Debate Bom-Dia promovido pela APTS com a participação da Swiss Re nesta quarta-feira, 2 de abril, no auditório do Sindseg-SP, em São Paulo (SP).

Na ocasião, Rolf Steiner, consultor Sênior de Vida & Saúde da Swiss Re, apresentou as principais conclusões do Relatório de Pesquisa com Consumidores Latino-Americanos, produzido pela Swiss Re, que traz dados surpreendentes sobre o Brasil. Um das constatações é que a maioria dos entrevistados está consciente de sua vulnerabilidade a riscos potenciais e da deficiência de cobertura de seguros.

Na segunda parte do evento, André Azevedo, diretor de Negócios de Vida e Saúde - Brasil e Cone Sul da Swiss Re, trouxe informações importantes sobre a experiência e prática de outros países em produtos e soluções. Entre as alternativas para conquistar os milhões de brasileiros sem seguro de vida e saúde, ele apresentou produtos como os seguros de assistência de longo e curto e prazo, e novas formas do seguro para doenças graves e cirurgias. Adicionalmente também mostrou formar inovadoras de subscrição de Seguros de Vida como a telessubscrição preditiva, telessubscrição e subscrição automática.

Sem proteção: 44% não têm seguro

A pesquisa da Swiss Re com consumidores latino-americanos, analisou as respostas de 5.001 pessoas, com idade entre 21 e 70 anos, do Brasil, México,Chile, Colômbia, Peru e Porto Rico. No grupo, o Brasil foi o que apresentou maior lacuna de proteção de seguro de vida; 44% não têm cobertura básica de vida e saúde. Este contingente representa um mercado potencial de US$ 2,5 trilhões.

De acordo com Rolf Steiner, a pesquisa apurou que o preço é considerado pelos consumidores como menos importante do que a qualidade da cobertura. A pesquisa também mostrou que 40% dos brasileiros temem enfrentar dificuldades financeiras se forem afetados por uma doença prolongada ou invalidez, e que suas famílias não tenham meios para assegurar sua estabilidade financeira nos primeiros anos após a sua morte. “Um dado relevante é que muitos dos que possuem produtos financeiros de previdência pensam estar protegidos contra o risco de morte”, disse.

O potencial do seguro de vida e saúde pode ser medido pelas respostas dos brasileiros que consideram a intenção de adquirir cobertura (58%), somado aos que consideram comprar outros produtos (76%). Se por um lado, a ameaça de não receber o tratamento de saúde necessário é a maior preocupação de 43% dos entrevistados que se sentem altamente vulneráveis, por outro, quando questionados se comprariam um seguro para doença grave, 73% mostraram interesse.

Alternativas para suprir a lacuna de proteção

André Azevedo apresentou uma lista de produtos que podem suprir as necessidades de proteção dos brasileiros, como coberturas para morte, cirurgias, doenças graves, saúde, longevidade, além de alguns que ainda não existem no país, como short term care e long term care.

Na linha de coberturas para doenças graves, uma das maiores vulnerabilidades apontadas pelos consumidores, os produtos disponíveis no país, segundo André Azevedo, adotam a abordagem “tudo ou nada”. Isto é, não aplicam a hierarquização da cobertura como fazem outros países, onde é possível adquirir produto até para custear os diagnósticos iniciais.

Ele informou que a África do Sul e, posteriormente, Reino Unido e Austrália comercializam o produto com garantias que variam de acordo com a gravidade (severidade) da doença. A graduação parte de 100% para nível superior; 50% para intermediário; e entre 10% e 25% para o nível inferior.

Outro produto é o short term care (cuidados de curto prazo), que cobre custos de adaptação da casa ou os primeiros meses de cuidado em tempo integral para traumas agudos, como fratura de quadril, e sinistros com idosos, como AVC ou ataque cardíaco.

Entre as soluções que a Swiss Re oferece no Brasil, o diretor destacou a telessubscrição, que utiliza entrevistas telefônicas feitas profissionais da saúde, para realizar a avaliação dos riscos de vida e saúde. “Já subscrevemos mais de 10 mil propostas nos últimos 3 anos e tivemos apenas dois sinistros. É um modelo testado que está aliviando um peso para o corretor”, disse.

Fonte: APTS

Texto: Márcia Alves

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